Os seus braços brancos tornaram-se todo o meu horizonte.
- Max Jacob, O copo dos dados
Não querendo cair na patetice de escrever de forma demasiado azul-bebé, vou divagar um pouco sobre a minha ideia de amor. Pois bem, a ideia de amor, já muito discutida por vários autores, é uma ideia antiga, que sempre inquietou as mentes mais sensatas. Por exemplo n' O Banquete de Platão, encontramos, da primeira à última página, várias e diferenciadas definições para este sentimento abstruso mas sempre inquietante. Na literatura, não poucos são os autores que passam a vida a discorrer sobre assunto tão melindroso. Na música, então, perde-se a conta aos inúmeros jovens sofredores que cantam para compreender a busca de determinada perfeição sentimental.
Da minha parte, a questão processa-se de modo bastante simples: o amor, embora seja um sentimento de difícil compreensão (enquanto conceito), é, para mim, já não uma forma pré-adolescente de negação existencial, mas um sentimento que faz com que o indivíduo se sinta humano, vivo, útil. Trocando isto por miúdos, o amor, se na adolescência era para mim algo que pertencia aos pobres e oprimidos, tornou-se, agora, num objecto máximo de perseguição (para não dizer de contemplação). É como se também eu me sentisse um desses fracos e oprimidos que precisam de algumas (nem que sejam poucas) migalhas de pão para envaidecer o estômago. O pão é necessário, mas o amor não o é menos. É essa a ideia principal.
Há uns tempos, dizia-me um vetusto senhor que só se apaixonara um única vez na vida. Eu, imberbe, tentei compreender a mensagem da melhor maneira possível. E, sinceramente, acho que a compreendi extraordinariamente bem. Também eu só me apaixonarei uma vez na vida, já que o amor é isso mesmo, o único, o verdadeiro.
[Paulo Ferreira]
terça-feira, janeiro 17, 2006
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