Uma boa parte dos telejornais tem dado uma atenção desmedida à vontade de dois ou três jogadores portugueses saírem dos seus clubes. Estão danados para sair do país, portanto. A verdade é que não lhes posso censurar isso. Dois deles são Moutinho (Sporting) e Quaresma (Porto), que já treinam e jogam nos jogos de preparação com a vontade e o esforço físico iguais aos do Garfield. Querem sair e ganhar mais dinheiro no estrangeiro, para se reformarem mais cedo e voltarem cá, quem sabe para investir em pequeninas empresas ligadas ao futebol.
Não percebo é porque é que tanta gente fica revoltada com estas notícias relativas a rapazes que ainda nem terão vinte e cinco anos, quando, há pouquíssimos anos, um primeiro-ministro já com idade para ter juízo e responsabilidade, deixou o país de pantanas a sacrificar-se sozinho, enquanto ele (que nunca pecou por inteligência) se juntava a um novo projecto de «harmonia europeia». Pior ainda, temos um governo que navega na crista da onda das mentiras de campanha eleitoral, com «carta verde» para fazer «o que é preciso» e os «sacrifícios» e «reformas» que «fazem falta», sem dar satisfações a ninguém. Devíamos pensar se andamos a exigir o necessário às pessoas certas.
sábado, agosto 02, 2008
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