Entre outros fragmentos de «Condomínio Fechado» (que merecem ser lidos), escreve Henrique Fialho sobre Herman José: «Ao contrário de Karl Marx, não descobriu o elixir da eterna juventude. Comprou rolexes, jaguares, iates, roupas pirosas. Pintou o cabelo de várias cores. Queria desesperadamente rir de si próprio, mas as rugas não deixavam. Quem muito ri dos outros nem sempre acaba conseguindo rir de si próprio».
A acrescentar a isso, indicaria o facto de Herman ter dito a Fernando Assis Pacheco, numa entrevista de cerca de 1986, que já não tinha muito tempo para ler. Algo me diz que ele, de facto, já não tem tempo para ler há vinte anos. Mas é só um palpite. Ainfal de contas, há não muito tempo li em determinada revista a confissão do treinador de futebol José Peseiro, que punha a mulher a fazer-lhe resumos de romances. É sempre bom ver interesse pelos livros. E, neste último caso, provavelmente foi o Código da Vinci que o acordou para a literatura. Quando li isso, pensei para mim: Peseiro merece um abraço. Ainda merece.
[João Carlos Silva]
sexta-feira, dezembro 08, 2006
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2 comentários:
Atenção: o post não é sobre Herman José, é apenas uma história cujo título coincide com o nome do humorista português, mas que, neste caso, não passa de uma mera personagem de ficção. Assim tipo os livros da colecção Bairro do Gonçalo M. Tavares, só que sem o título de senhores.
Sim. Herman José (inequivocamente, um ídolo de infância) tem ganho alguns hábitos que inspiram, de facto, um leque de personagens. Mas, por entusiasmo, levei o título demasiado à letra.
joão
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