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Pouco me interesso por Carolina Salgado e pelo seu Jorge Nuno. Mulheres feias, homens feios, editoras feias, tudo coisas que pouco ou nada me interessam. Poderia dizer que a senhora Carolina deveria ter o pudor de não falar dos lupanares onde trabalhou. As flatulências do Jorge Nuno também seriam escusadas. De uma coisa, porém, me lembro: à semelhança de Esopo,o escravo grego, esta mulher, esta cortesã dos tempos do multibanco, a Carolina, a feia da Carolina, faz livros de cabeça. Quem sabe se também perderá a sua liberdade.
[Paulo Ferreira]
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