Freud era mais simplista, directo mas também mais generoso do que eu na avaliação do comportamento humano. Dizia ele que o homem não nasce bom nem mau em si mesmo, mas sim com instintos de sobrevivência, aos quais não é alheia a capacidade de destruição. Ou seja, acreditava (e julgava capaz de ser provado) que o homem não era mau em si mesmo tal como um tubarão não é mau por ser um predador. «Dizemos que o tubarão é mau por fazer o que faz?», perguntava ele. Nesta condescendência naturalista, Freud dava mais preponderância aos instintos do que à escolha livre quanto à maldade humana. Ainda assim, não me parece que seja muito abonatório da nossa capacidade de convivência uns com os outros.
segunda-feira, janeiro 05, 2009
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