Muito se tem discutido os dotes políticos e financeiros (dotes, no entanto, indiscutíveis por princípio) de Manuela Ferreira Leite, as rugas e a cara da senhora e o passado da mesma, nomeadamente na Educação e nas Finanças. Mas o mais importante com a escolha de Ferreira Leite para liderar o PSD nas próximas eleições - e nas que se seguirão, espero - não tem sequer a ver com os dotes pessoais da senhora. Tem, sobretudo, e isto é o mais importante desta viragem política, a ver com a confiança que trouxe ao partido, a credibilidade de um projecto que não vem preconcebido para a Rua de São Caetano, mas sim sujeito à apreciação e a desvios que dependerão do contexto socio-económico e não da vontade popular. É esta credibilidade que, por fim, permitirá regressar ao partido figuras que não dependem de funções no governo para ter reformas gordas, que não querem a oportunidade política para manter a posição no governo para depois da próxima eleição, mas que querem, isso sim, aplicar a experiência e a leitura que fazem dos tempos que correm.
Seja dito que eu não tenho ilusões com este PSD que agora se tenta reconstruir, mas tenho, no mínimo, confiança num projecto que se vai desenhando. E se isso me anima a mim, imagine-se a vontade de «voltar» que crescerá em muito boa gente - que nos faz falta há alguns anos na política.
quarta-feira, junho 04, 2008
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