segunda-feira, junho 02, 2008

Agualusa

Comprei hoje a revista LER de Junho, pela primeira vez após anos de separação. Um dos primeiros que me calhou ler foi José Eduardo Agualusa, numa rubrica chamada O Lugar do Morto. Torcia o nariz aos livros de Agualusa, é certo, sobretudo após a leitura de algumas coisas de Mia Couto, que, tirando a simpatia pela linguagem popular das suas personagens, pouca ou nenhuma paixão me despertou. Não sei porquê, associava um escritor a outro. Mas, depois de ler esta rubrica, tive esta outra ideia: Agualusa é bom.

Dois excertos da crónica do homem:

Obama declama e Hillary ri. Não tem de que rir, a hilária (...).

Agrada-me em Obama algo que me aborrece em Hillary - a virilidade. São dois machos alfa em competição, o que estaria muito bem não se desse o caso de um deles ter como marido um outro macho alfa. Por outro lado, tenho de confessar que quase m comove em Hillary a sombra simpática de Bill, o saxofonista. Não há como olhar para ela sem que nos venha à memória o burlesco episódio da sala oral.

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