Não sou um adepto confesso do surrealismo. Mas uma parte do que leio ou procuro escrever hoje é, sem dúvida, influenciada pela irreverência que Cesariny deixou como seu legado. Essa irreverência, digna de muito respeito, ficou cá.
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poema
Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a contura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura
[João Carlos Silva]
4 comentários:
Gostei do seu blog e da pertinência e actualidade dos posts.
Gostei especialmente do seu comentário a John Cage no post "Silêncio".
Tenho uma página num jornal dos Açores, "A União" intitulada Blogs.do.mundo. Dá-me autorização para que publique esse post com referência ao seu blog?
Cumprimentos:
Félix
Desculpem. O pedido deveria ter sido dirigido tanto ao João Silva como ao Paulo Ferreira. Dirijo-o agora aos dois.
Cumprimentos.
Félix
Tenha toda a liberdade para o fazer, caro Félix.
Obrigado pelo comentário e volte sempre.
Cumprimentos,
João Carlos Silva
Muito obrigado.
Publicá-lo-ei amanhã.
Cumprimentos:
Félix
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