sábado, dezembro 06, 2008

Cidre



Cidre fascinava-os e repelia-os no mesmo e mero acto de estar presente, e na obcecada concentração com que o acometiam poderíamos sem dificuldade encontrar semelhanças com o estupro que um hotentote robusto e desinibido inevitavelmente praticará na pessoa esguia duma princesa sueca, se um e outra se encontrarem numa azinhaga à noite, para desgraça de ambos.

Nuno Bragança, Estação

3 comentários:

ana disse...

andamos aler Nuno Bragança... Lê a Noite e o Riso.

João Carlos Santana da Silva disse...

Ando a namorar A Noite e o Riso há alguns meses, mas talvez seja desta... Em relação ao Bragança: grande escritor, não tinha consciência de que era tão bom e de que podia ensinar muita gente a escrever. Mais um dos que passaram de moda.

ana disse...

nunca foi da moda João