terça-feira, dezembro 23, 2008

Falta de ideias

Eu já nem me surpreendo com a alegria que parece dominar, transversalmente, as fileiras do PSD na última semana, graças à confirmação de Santana Lopes como candidato à Câmara de Lisboa. A maioria do PSD apoiou a troca de um líder competente (Marques Mendes) por um líder incompetente que até mediaticamente, na sua área, falhou (Menezes). Não será inédito, pois, que aplaudam o regresso de um dos homens que destruiu o partido nos últimos quatro anos. Pedro Santana Lopes volta com um sorriso vencedor, que lhe parece ser impossível esconder, batendo o pé à liderança de Manuela Ferreira Leite. É que, como eu já disse recentemente acerca da figura, não é uma questão de não ganhar as eleições autárquicas (acho que, caso o PS não faça uma coligação, até tem grandes hipóteses de ganhar a Câmara), mas sim de voltar a ser uma figura proeminente e representativa de um partido dividido, ou seja, voltando simbolicamente a tempos ainda piores de crise identitária. No PSD, começa a ser óbvia a falta de ideias, de valores e, pior ainda, de um plano para o país. Quando, face ao governo que temos, deveria ser exactamente o PSD a alternativa credível. Não é. E isso só deixa entrever um futuro próximo trágico para os portugueses.

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