Alguns dos meus bons criminosos tinham, de resto, ao matar, obedecido ao mesmo sentimento. A leitura dos jornais, na lastimosa situação em que se encontravam, trazia-lhes, sem dúvida, uma espécie de triste compensação. como muitos outros homens, eles já não podiam com o anonimato, e esta impaciência tinha podido, em parte, levá-los a difíceis extremos. Para alguém se tornar conhecido, basta, em suma, matar a porteira. Trata-se, infelizmente, de uma reputação efémera, tantas são as porteiras que merecem e recebem as facadas.
Albert Camus, A Queda
quinta-feira, abril 24, 2008
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