Comecei a olhar para blogues quase ao mesmo tempo que comecei a acabar de ler os teus livros. Contigo aprendi que crustáceo decápode marítimo também pode ter o nome de lavagante. Essa foi, aliás, das maiores lições que recebi. Nunca me esquecerei do lavagante. Também não me esquecerei dos adeptos benfiquistas num avião e de muitas outras coisas cheias de piada. Já toda a gente te leu e comentou e tem doutoramentos à conta da tua obra. Parece que gostas de ser o MEC e que eles te gostam de chamar de MEC. São tão carinhosos, todos eles. Eu e o meu amigo, olha, nós roubámos-te o nome e ficámos a vomitar coisas para esta causa, que não é nenhuma. Confesso, no entanto, que me sinto humilhado por nunca me ter aplicado o suficiente para que o nome do teu livro aqui fizesse sentido. Com efeito, nunca vim para aqui com o objectivo de perder a cabeça, de ser sério, político, crítico, etc. Nunca me esforcei por este blogue. Nunca achei que valesse a pena vir para aqui publicitar tudo aquilo que sei em relação a, ou tudo aquilo que consigo escrever num determinado estilo. A literatura é mais do que isto. A propósito, devorei o Amor é Fodido há três anos. Dezanove anos, na altura. Logo se vê a razão da minha obsessão por certas coisas que envolvem camas. Não interessa. Antes vale colocar uma fotografia tua no meio do que escrevo, a ver se as gentes que aqui passam dão legitimidade a este pardieiro.
[Paulo Ferreira]
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