Maria João Lopes Fernandes, no Insónia, recupera/reformula as velhas questões de George Steiner: «Como foi possível Josef Kramer, em Birknau, matar dezenas de pessoas num dia e tocar Schumann no piano a seguir? Poderá qualquer amante de música ser um criminoso?». Num excelente post ensaístico, a ler, sobre o respeito que a música e a arte exigiam mesmo no contexto do Holocausto. E, sobretudo, o respeito que Alma Rosé exigia: «Será que Alma Rosé acreditava que a música poderia tornar os seres humanos melhores, mesmo aqueles monstros no campo de concentração? (...) Nunca o saberemos; sabemos apenas que se algum SS se ria ou fazia um julgamento durante uma actuação, ela parava a música, dizendo que não se podia tocar naquelas condições e nunca foi punida por isso».
[João Carlos Silva]
quinta-feira, janeiro 25, 2007
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