1. Observando as mãos se compreende o vício. Por cima dos ossos, na pele, cai o fumo do prazer, da droga nicotina (alcatroada).
2. Observando as mãos se verifica que o cigarro tem a mesma capacidade de encarquilhar que o banho demorado.
3. Observando o que parece mas não é, as mãos, se compreende a erudição da não-vida, da morte. Lá está o livro, ou a sua marca nos dedos, a indicar que tantas falhas estão por suprir.
4. Através das mãos, ou da sua observação, se vê e se cega. O olhar é um autêntico não ter jeito para nada que vá para além do vago, do inseguro, da palavra-ideia.
[Paulo Ferreira]
terça-feira, janeiro 16, 2007
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