sexta-feira, agosto 25, 2006
Limpezas autárquicas
Há alguns dias, o PCP (ou, vá lá, a CDU) resolveu enxotar o Presidente da Câmara de Setúbal Carlos Sousa. A desculpa: um imbróglio envolvendo as reformas de trabalhadores ou elementos da Câmara. É claro que, como bom camarada, o autarca resolveu sair de palco. Alegando sanidade e ética (que, para ser franco, reconheço no senhor), Carlos Sousa aproveitou para se livrar de maiores complicações pessoais e judiciais que lhe seriam, sem dúvida, criadas pelo partido mais totalitário do distrito.
Para trás ficam, por outro lado, a obra feita e o método que Carlos Sousa alegadamente preferia seguir para agir: trabalhar na Câmara. Método esse que nunca agradou muito à «rapaziada» que já cá está há tanto tempo (com idade e juízo de sobra) mas ainda não assimilou o conceito de glasnost que o suposto «traidor» Gorbachev pôs em prática há décadas.
Afinal, o centralismo democrático existe mesmo - depois de ser eleito, o partido pode fazer toda e qualquer coisa. Até troçar da escolha dos eleitores.
[João Carlos Silva]
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