«Debruçou-se para o cadáver, apalpou a queixada e verificou que estava firme: arreganhou os lábios e meteu o cartão nos dentes e gengivas. Era o momento; o assistente observava com indefectível admiração o subtil adejar dos polegares com que ele levantou os cantos do cartão, a carícia das pontas dos dedos com que ele repôs no seu lugar os lábios descorados e secos. E - atentai! - onde houvera a linha áspera do sofrimento havia agora um sorriso.»
- Evelyn Waugh, O Ente Querido, trad. de Jorge de Sena
[João Carlos Silva]
quinta-feira, junho 08, 2006
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