Debbie Harry tem 64 anos. Mas não muda. Para mim, será sempre a voz sensual e desvairada dos Blondie, uma das melhores coisinhas dos anos 80 (tendo em conta que, na música, os anos 80 começam em finais de 70). Os Blondie conseguiam reunir alguns tiques dos anos 80, misturá-los com um dos motores mais criativos da pop da altura, destacar-se sempre de todas as outras bandas de pop-rock, ser um (modesto) bastião da música punk e ainda oferecer ao mundo uma figura como Debbie Harry, uma grande vocalista que é também uma gaja boa - e não há nada melhor do que ter à frente de uma banda uma gaja boa que é também uma voz inesquecível. Enfim, uma encruzilhada coesa e coerente de várias influências e experiências musicais. A voz de Debbie é forte, sexual, ofensiva, intimidatória, convidativa. Tudo isso e mais qualquer coisinha. Os Blondie acabaram por volta de 1983 e voltaram no final dos anos 90, mas nunca voltaram a ser o que eram: a magia dos eighties estava morta e, como quase todos, não se conseguiram renovar. No entanto, houve algo que continuou a brilhar: a voz de Debbie Harry. Se os Blondie não foram uma das melhores bandas (e agradeço as influências que trouxeram aos também excelentes Garbage) de sempre, e uma das grandes referências da música pop, então não sei que magia fazer para convencer as pessoas disso senão dizer estas duas palavras: Debbie Harry.
domingo, março 29, 2009
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