A nomeação de Sarah Palin para vice-presidente de John McCain (ou candidata a tal) foi uma escolha quase matemática do ponto de vista político. Teve todos os atributos de uma escolha pensada, ponderada, comparada e cautelosa. Como resultado, teve o timing perfeito: o discurso de Obama não teve o eco pretendido e o foco de luz das câmaras de televisão, subitamente, viraram-se todas para o Alaska e para McCain. Um dia depois do encerramento dos trabalhos da Convenção Democrata em Denver, já ninguém se lembrava muito bem do que tinha dito Barack Obama no seu discurso. Aliás... discurso? Qual discurso?
John McCain tem gerido a sua campanha de forma brilhante, mostrando que se sabe rodear de gente inteligente, de bons analistas. Contra o toque populista dos discursos de Obama - aliás insuperáveis no tom hipnitizante -, a campanha de McCain tem utilizado jogadas inteligentes, precisas e «chatas», sabendo desviar algumas vezes os apoiantes de Obama dos seus planos para «debater» assuntos de menor importância, o que revela alguma inexperiência do Democrata.
A campanha de McCain tem sido das mais inteligentes que já vi. Aproveitou o balanço de Obama para, nos meses decisivos, ter o seu crescendo lento, sólido mas decidido. As sondagens ilustram esse mesmo crescimento. O peak da campanha republicana vai, segundo parece, incidir em Novembro. Melhor timing e política mais correcta do ponto de vista matemático é impossível. A prova disso é a surpresa que as eleições vão trazer, sobretudo aos europeus convencidos de que os EUA «são Obamaníacos». Querem ver quem ganha a corrida?
terça-feira, setembro 02, 2008
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