terça-feira, maio 20, 2008
Se numa tarde de Primavera um taxista
Ao contrário do que pensava há uns míseros dois meses atrás, agora já me interrogo acerca da «alternativa» Democrata (e provável vencedor das eleições de Novembro) para a Presidência dos EUA. Achava que Obama era uma boa lufada de ar fresco para a esquerda americana, não tanto pela sua carga ideológica (perigosamente romântica), mas pela carga simbólica de uma América onde é possível chegar longe independentemente das raízes que se tem - mote, aliás, da própria campanha do «yes, we can» de Barack Obama. Há dias, quando um taxista me disse, em plena viagem, que «andamos todos a querer pedir desculpa aos pretos pondo um deles no lugar do Bush», penso que a razão pela qual Obama tem tanto apoio e reúne tanta simpatia (minha, inclusive) é mais próxima da ideia do taxista do que da ideia tão badalada e tão incipiente de mudança - daquela Mudança com M maiúsculo que se tem prometido. Obama pode não ser tão boa pessoa como nós pensamos, mas eu gosto dele. Obama pode não ser tão inteligente quanto Hillary, mas eu prefiro aquele. No entanto, Obama pode ser muito mais refrescante que McCain, mas continuo a querer um Republicano na Casa Branca.
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5 comentários:
Concordo plenamente.
Oh diabo!...
Se vocês os dois pensam isso, o Obama que se ponha a pau...
Tendo vindo a achar que a simbolismo não faz um Presidente. Esperava que o Obama mostrasse mais fibra e, sobretudo, mais ideias/posições acerca do Mundo e da América. A questão do Iraque, então, é de uma irresponsailidade tremenda...
Eu também concordo consigo. Prefiro o McCain na Casa Branca, apesar de sentir simpatia por Obama. Mas estou convencido que o Mundo precisa de um Homem forte na América, experiente, que nos devolva aquela fé, que só a América nos pode transmitir. A Fé no homem como indivíduo. E parece-me que McCain é um homem mais capaz de me devolver essa fé.
Abraço.
Leu-me o pensamento, Francisco. Concordo consigo. Para além da solidez muito superior das ideias de McCain, que, embora imprevisível durante a sua carreira (pelo menos desde que o conheço e do que conheço), sempre foi objectivo nas posições que assumiu. Nesse sentido, o «Straight Talk Express» não é uma expressão populista, apesar de tudo. Mas aprecio e muito respeito a campanha de Barack Obama e a confiança que ele inspira em muitos americanos.
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