terça-feira, julho 18, 2006

Louçã: o cândido

Há dias, comentando o intensificar do conflito entre Israel e Líbano, Francisco Louçã declarou que aquele era apenas mais uma oportunidade para «George W. Bush» - o «dâbliu búsh» proferido em raiva traz outro sentido, tem sempre todo um mundo semântico por trás - fazer guerra ao Irão.
Eu sei que Louçã, entre outros milhares em Portugal, sonha com o dia em que o presidente americano tropeçará como Fidel tropeçou no palanque da outra vez. Mas sonhar com Bush dia e noite, sete dias por semana, todo o ano, ultrapassa mesmo a fé política mais carregada de alguma direita americana.

E esta obsessão de Louçã, atirada ao ar juntamente com a sua aversão primária a Israel (enquanto nação fundada naquela zona e enquanto aliada dos EUA), atropela a memória de todas as vezes em que a América condenou retaliações exageradas do exército israelita. Mais ainda, revela o oportunismo quase desumano de alguém que, distante do conflito, provavelmente achará mais grave Bush dizer «merda» do que o facto de soldados e civis israelitas serem sucessivamente raptados por grupos terroristas que se declaram (com o devido apoio) muçulmanos.

[João Carlos Silva]

2 comentários:

Rui disse...

Não é uma surpresa...é a demagogia anti-ocidental/americana do costume, indelevelmente misturada com a raiva miudinha que a extrema-esquerda sempre sentiu pelo povo judaico (esta nunca foi monopólio da extrema-direita). O debate nem sequer é possível...
Cumprimentos.

Anónimo disse...

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