sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Substituições



Ando muito preocupado com estas substituições que andam por aí a ser «efectuadas» (tal como o agente da GNR que hoje, na televisão, ouvi recomendar que não se «efectue a condução» quando «sob o efeito de álcool ou psicotrópicos» - isso mesmo, efectuar a condução). Falo, claro está, das futuras substituições de Matheus e Edinho, jogadores-chave do meu Vitória, cada um a sair para o seu sítio. Como é que substitui um jogador importante num clube em dificuldades financeiras? Com esperança e audácia... e um jogador vitoriano mais fraquito (jogadores esses que eu prefiro chamar, eufemisticamente, «diamantes em bruto por delapidar») a tentar superar-se a si mesmo.

Por outro lado, preocupam-me as substituições das encomendas da Amazon que, nos últimos dois meses, parecem chegar aleatoriamente à minha casa. Umas vezes chegam, outras vezes não. E não há substituição à vista. Onde vão aqueles livros parar, ninguém sabe. Tanta reorganização e remodelação geográfica e ninguém me diz o que se passa com os CTT?

E, por falar em assuntos políticos fracturantes, tenho reparado que muito boa gente anda por aí a aplaudir a fantochada da subtituição de dois ministros deste governo. Sai Correia de Campos, um ministro maldito que foi (ingenuamente ou não) encarregue de sujar as mãos de sangue - sem intenção de trocadilho - no Ministério da Saúde e, com ele, José Sócrates rasga e põe no cesto uma página da sua «obra», como se de redenção se tratasse. Entra uma mulher desconhecida no meio político e logo vibram os portugueses, sem pensar no que aí vem e, sobretudo, no que precedeu esta substituição.
Pior ainda é a mudança no Ministério da Cultura. Se, na Azambuja, não tivessem fugido dois tigres do Circo Chen, eu diria que a «remodelação» da pasta da Cultura foi o maior momento de entretenimento da semana. Não querendo diminuir António Pinto Ribeiro, soa-me apenas a manobra de diversão por parte de Sócrates. Mário Lino ainda tem de sujar as mãos com algo mais - não é ainda o tempo de o sacrificar, porque «sujo» já ele está. E, se sou eu o único a ver isto e a não «aplaudir», então da minha parte é apenas uma de duas coisas: cepticismo ou paranóia.

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