sexta-feira, fevereiro 29, 2008

A China das contradições



Federico Rampini é o correspondente do La Repubblica em Pequim. Ou seja, um enviado italiano – ocidental – à China. É uma visão ocidental, por vezes apaixonada ou fascinada sobre o futuro da China, assim como sobre o seu passado, embora pejada de críticas à sociedade chinesa, nomeadamente ao que depende do controle do poder. O «período» (ainda que virtual) foco das atenções do jornalista é inaugurado pelas manifestações e pelas repressões de 1989, marcadas pelo incidente da praça Tiananmen, uma espécie de marco histórico a partir do qual Rampini avalia uma China em constante mudança.

Em relação a esses incidentes em Tiananmen, o jornalista italiano salienta a acção de Deng Xiaopeng que, anteriormente visto como um homem mais sensato, mais «pragmático», revela nesse dia ao Ocidente a verdadeira natureza do seu governo, abrindo as hostilidades contra os manifestantes. É um governo de homens imprevisíveis, absolutamente reverentes à autoridade central, cuja única crítica ao poder é aquela dirigida aos poderes locais, aos hipotéticos «burocratas corruptos» que grassam nas províncias e nos sítios onde o poder do governo central não chega. E, de facto, essa corrupção existe, e abusa dos chineses – camponeses ou não – que, muitas vezes, perdem as suas casas sem nenhuma retribuição ou compensação. Burocratas que recebem «luvas» de grandes multinacionais, dirigentes de faculdades que pedem subornos aos pais dos novos alunos, eliminação da oposição através de detenções e assassinatos.

Mas não se pense que tudo isto se faz totalmente à margem do poder central. É, aliás, a própria natureza do comunismo chinês (às vezes penso se isto será, ainda, comunismo) que leva a que os abusos tenham lugar. E é a própria sociedade chinesa que, ao invés do que se pensa, tem tudo menos pureza. Muito pelo contrário, há tiroteios na escolas, tal como na «terra da perdição» dos Estados Unidos da América. Há, mais importante que tudo, uma leviandade na aplicação de penas pesadíssimas, sejam elas dezenas de anos de prisão por oposição política e cívica ou a pena capital aplicada às mãos cheias. Leia-se, por exemplo, este excerto:

«Todos os anos, neste país são fuziladas ou eliminadas por injecção letal pelo menos 10.000 pessoas: um número que ultrapassa em cinco vezes as condenações à morte executadas em todo o resto do mundo, Estados Unidos incluídos.
Não obstante o mal-estar dos intelectuais e dalguns dirigentes mais iluminados, a pena de morte conta ainda com um sólido futuro na China.»


A China não se resume a um país dividido entre as exportações chinesas, as multinacionais nacionais e estrangeiras e o Partido único. Não, O Século Chinês mostra-nos uma China cheia de contradições, cheia de promessas e de ameaças, cheia de poderes autoritários mas também de inúmeros contra-poderes amordaçados espalhados pela sociedade. O livro acaba com uma «balança» entre os poderes emergentes da China e da Índia, competidores que podem resultar no melhor ou, se faltar a confiança em si mesmos, no pior.

terça-feira, fevereiro 26, 2008

Sobre a insegurança em Setúbal.

Dois posts do Luís Silva no Office Lounging. E um link para um «resumo» de uma entrevista a Maria das Dores Meira.

Death of a Salesman

Não digo que ele seja um grande homem. Willy Loman nunca ganhou rios de dinheiro. Os jornais nunca falaram nele. Não é nenhum génio, bem entendido. Mas é um ser humano, e está a sofrer terrivelmente. Isso é que é preciso não esquecer. Não se deixa morrer um um homem assim sem mais nem menos como um cão.

Arthur Miller, Morte de um Caixeiro-Viajante

segunda-feira, fevereiro 25, 2008

Insurgentes (emenda)

Uma fonte próxima do Insurgente vem-me agora revelar que, afinal, a «tomada de posse» do blog por um grupo de «palhaços desocupados» - segundo um post meu - foi mais amigável do que pareceu. Eu, que só tinha visto ontem o manifesto inicial, não percebi isso. Retraio-me agora, após aperceber-me da figura «úrsica» que fiz. Viva la revolución, pois então.

Óscares

Hoje é dia de ficar levantado até mais tarde do que o normal. A velhice prematura do meu corpo bem que me diz que não, que não será um dia de serão mas mais um dia de adormecer no sofá, de boca aberta e baba a escorrer para a t-shirt. Mas os Óscares falam mais alto, e o tédio televisivo (sem Sopranos na 2:) precisa de ser quebrado.

Antes de de mais, tenho curiosidade com Jon Stewart, que em tempos me fez rir antes de «afunilar» de vez para o humor liberal sem graça. Não é Robin Williams nem Billy Crystal, mas lá dará para o gasto. Para os próximos anos, gostava de ver, talvez, Conan O'Brien ou Wanda Sykes, dois humoristas geniais muito cá de casa. De resto, tirando a curiosidade competitiva de saber quem ganha as estatuetas, pouco mais me interessa na dita «cerimónia dos vestidos bonitos».

Em relação a filmes, os favoritos serão There Will Be Blood e No Country For Old Men. O primeiro vi, e gostei muito. O segundo tenho vindo a aplaudir antes sequer de o ver, para o que estou ansioso (os irmãos Coen nunca me desiludiram, não será desta vez que isso acontece). Respectivamente, deverão sair vencedores, e com mérito, Daniel Day-Lewis e Javier Bardem, dois homens que estão a entrar, passo a passo, na galeria dos actores de culto do mundo do cinema, provando o espanhol que o mundo das «estrelas» de cinema é universal, assim como o seu mercado.

Uma curiosidade: gostava de ver Ellen Page levar a estatueta. Ainda não vi Juno, mas deverá ser a minha próxima escolha, influenciada também pela pressão feminina cá de casa. E consta que Ellen Page está muito bem nesse filme. Que ganhe ela, mais não seja pela simpatia que me conseguiu roubar.

Insurgentes

É através do blogue do Bruno, em primeira mão, que me apercebo da pobreza de espírito do que se passa na blogosfera. Nomeadamente, neste caso, a tomada de assalto do Insurgente por uns pretensos «activistas». O Bruno chama-lhes «grupo de extrema-esquerda». Eu chamo-lhes «grupo de palhaços desocupados». Espero que os insurgentes apliquem um valente pontapé no cu de alguém e voltem de novo ao serviço. Resumindo: mais um episódio triste e patético da incapacidade de conviver com opiniões alheias.

sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Patrimony



Um dos melhores livros de Philip Roth terá de ser, sem dúvida, Patrimony. É um romance sobre factos. Uma narrativa simples, humilde e respeitosa sobre os últimos dias do pai do próprio Philip Roth, visto pelos olhos do filho. A maneira como Herman Roth sucumbe, aos poucos, à frustração e à fragilidade de um octagenário judeu seguro de si mesmo mas com um tumor na cabeça, deixa-nos rendidos ao livro, e à história dos Roth. Porque a morte, tal como em quase todos os livros de Philip Roth, mais não é do que uma maneira de pensar a própria vida.

They fought two battles

You know how it was: these kids grew up, they had a tough life, the slums, no money, and they always had an adversary. The Christian religion was an adversary. They fought two battles. They fought because they were fighters, and they fought because they were Jews. They'd put two guys in the ring, an Italian and a Jew, an Irishman and a Jew, and they fought like they meant it, they fought to hurt. There was always a certain amount of hatred in it. Trying to show who was superior.

Philip Roth, Patrimony

domingo, fevereiro 17, 2008

Kids



Kids (1995), de Larry Clark, não é um filme bom de se ver. É o primeiro filme que vejo do homem e, a despeito do culto que lhe é devido, continuo a gostar muito mais de Gus van Sant, comparando dois realizadores que costumam mergulhar no tema da perdição juvenil ou do desafio que é crescer normalmente. Larry Clark é (pelo menos em Kids) brutal, directo e polémico. Tudo isto é muito bom, mas o que fica no fim é também uma certa noção de perversão que, ao avaliar outros filmes do currículo de realizador de Clark, parece ser transversal a Ken Park ou a Bully. Será um bom argumento? Não, muito pouco para dar. Mas será Larry Clark um bom realizador? Para ser sincero, os recursos de cinema são muito bons, e a filmagem tem qualidade e maturidade. Terei de esperar até ver mais filmes seus para confirmar as minhas duas opiniões.

sábado, fevereiro 16, 2008

Mirror


José Sócrates, ao deparar-se com uma manifestação de professores, que assobiavam os dirigentes socialistas à porta da sede do PS, disse que esta é uma atitude «antidemocrática» e «estalinista». E ainda dizem que Portugal não tem boa literatura, bom cinema e bom humor.

Os livros não nadam

Nota para mim próprio: não voltar a andar com um livro na mão quando me debruço sobre a banheira. Porque os livros, para além de não nadarem, são pouco higiénicos e dispensam o banho.

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

There Will Be Blood



Ao filme faltam alguns «nós», alguns desfechos que poderiam ser importantes. Falta o desenrolar de uma grande história. There Will Be Blood não é só um dos maiores papéis de Daniel Day-Lewis (ou o seu maior papel da sua maturidade cinematográfica), é também um épico fenomenal, uma saga. Mas deixa uma certa sensação de incompletude no final, uma necessidade de catárse, de um castigo ou um destino mais decisivo para Daniel Plainview (Day-Lewis). Uma intepretação muito boa do homem de In the Name of the Father, mas também uma considerável promessa de Dillon Freasier, mini-actor de talento. Vale muito a pena o tempo pasado no cinema para este filme de P.T.A..

quarta-feira, fevereiro 13, 2008

A queda de Hillary

Barack Obama parece estar de novo à frente da corrida Democrata à Casa Branca. Fico contente. Não apenas por ter esta «personality fever» que por aí anda (tal qual JFK, se bem que eu nunca teria esta atitude com JFK) em relação a Obama, aparentemente franco sem ser ingénuo, relativamente impoluto sem ser inexperiente. Obama inspira-me, sobretudo, pela sua atitude e pela sua história de vida simples, e não tanto pelo seu «conteúdo» ideológico (aparentemente inexistente, segundo muitos).

Ora, isto não acontece com Hillary Clinton. Hillary traz a dinâmica do riso forçado, estético, cirúrgico. Traz a energia de uma candidata que parece ter dedicado décadas da sua vida a preparar-se para isto. O que só comprova a tese da «dinastia Clinton», como se de uma família real se tratasse. É possível confundir, sim, as duas coisas, tal como se Hillary mais não fosse que um princípe tentando agradar à força aos seus súbditos. Tem hipóteses, claro. É mulher, o que agrada às hostes politicamente correctas, com mais pejo de confrontar uma candidata feminina em alguns temas. Tem muitos anos de Casa Branca, o que lhe dá uma proximidade da Presidência que nenhum outro candidato alguma vez teve. E carrega um portfolio de Senado, e de «vampira» de Washington, que Obama não consegue igualar.

Mas Hillary tem igualmente nos seus «trunfos» as nuances que a enfraquecerão no fim: é uma mulher na política, facto pessoal que não lhe traz especial confiança política em alguns estados importantes, o que não deixa de acontecer também com Obama, no entanto; tem demasiados anos de proximidade de uma presidência assombrada por um escândalo sexual (cujo crime foi o perjúrio, não as «facadinhas matrimoniais» do homem), participando Hillary involuntariamente da mentira de Bill Clinton mas ficando no ar a hipótese de aproveitamento político; por fim, os muitos anos no Senado também fizeram dela uma perfeita raposa política, sem sombra de opinião própria e de princípios que não sejam os da maioria, facilmente oscilando de um voto para outro e facilmente, também, perdendo o fio à meada.

Por fim, Hillary, ao tentar «fintar» Obama, ao querer pôr-se mais ao centro, deixou-se ficar mesmo a jeito para o surgimento de um candidato mais moderado (Giuliani ou McCain) entre os republicanos. É que, tentando apelar aos sectores conservadores e fugindo do eleitorado habitual, acabou por se meter na toca do lobo. Huckabee (candidato que aprecio pela representação franca de uma fatia bem definida do eleitorado, surpreendentemente fugindo à demagogia fácil com discursos bastante bons) não terá hipóteses e Romney, felizmente, também não. Resta John McCain que, com o seu cartão de entrada e com os inevitáveis votos republicanos, parece ter contribuído para a situação corrente: Hillary encurralada entre ele e Obama. Para onde se virar agora? Hillary não sabe.

Dor do Século



Alain Besançon, em A Dor do Século, faz o exame imperativo aos sistemas comunista e nazi. Não é a prmeira vez que leio um livro que siga esta linha, nem é um argumento inovador o de afirmar que a destruição causada pelo comunismo não foi menor do que aquela causada pelo nazismo. Uma destruição tanto física, como política e moral. Mas a do comunismo foi (ou é) uma que ultrapassa a impulsividade da ideologia nazi (que preenche completamente a história da experiência nazi alemã, de facto), deixou marcas que dificilmente serão saradas e destruiu valores que, em alguns países, nunca serão recuperados.

Sobretudo, há a ideia de que, enquanto o mundo se unia contra o nazismo, nunca houve um «movimento» equivalente a uma escala europeia ou universal contra o comunismo. Os comunistas russos e chineses, ao expandirem-se de forma mais pontual, nunca conseguiram reunir uma «condenação» universal das nações mais poderosas. Houve e há um certo tabu de admitir que a ideologia comunista provou-se na prática enquanto inviável. E isto não tem só a ver com os exemplos tanto do manual Mein Kampf (reduzindo o pensamento de Hitler especificamente ao homem do Reich) como de qualquer outra vulgata leninista. Tem a ver com o homem criado pelas ideologias.

Diz Besançon: «O homem nazi e comunista oferece-se ao exame clínico do psiquiatra. Parece emparedado, isolado da realidade, capaz de argumentar indefinidamente em círculo com o seu interlocutor, obnubilado, e no entando persuadido de ser racional». Este homem é o soldado-ideólogo, uma mistura de combatente fiel com pastor substituto da personalidade de Hitler e de Estaline. É este homem que, seja qual for a linguagem que use, não hesitará em proceder ao genocídio. Pelo bem da Humanidade, diria qualquer um deles.

segunda-feira, fevereiro 04, 2008

domingo, fevereiro 03, 2008

O seio nu


O senhor Palomar caminha ao longo de uma praia solitária. Encontra poucos banhistas. Uma mulher jovem está estendida na areia, apanhando sol com os seios descobertos. Palomar, homem discreto, volve o seu olhar para o horizonte marinho. Sabe que em semelhantes circunstâncias, quando um desconhecido se aproxima, as mulheres, geralmente, apressam-se a cobrir-se, e isso não lhe parece bem; porque é aborrecido para a banhista que apanha sol tranquilamente; porque o homem que passa sente que importuna; porque o tabu da nudez fica implicitamente confirmado; porque as convenções não inteiramente respeitadas propagam a insegurança e a incoerência no comportamento, em vez da liberdade e da franqueza.

Por isso, assim que vê aparecer à distância a nuvem brônzeo-rósea de um torso nu feminino, apressa-se a colocar a cabeça de molde a que a trajectória do seu olhar permaneça suspensa no vazio, como garante do seu respeito cívico pela fronteira invisível que circunda as pessoas.


Italo Calvino, Palomar

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

D. Carlos

O homem deixou-me saudades, e não só nunca o conheci ou ouvi a sua voz, como nem sequer sonho como será ter vivido sob o seu reinado. Não sou monárquico, não sou saudosista da monarquia e não acho que um Estado sem sangue azul esteja condenado ao naufrágio. Não o acho particularmente bonito ou fotogénico, não sei se votaria nele se se candidatasse a cargos públicos. Nunca vi pinturas suas (por reputação jeitosas) ou admirei algo feito por si. Não o adoro, mas também não desgosto da figura. Não pego num rei martirizado por oposição à malfadada República, mas também não nego que fico um vácuo de ar e de veneno no espaço que o rei deixou. Mil e uma coisas que poderia procurar em D. Carlos para gostar dele como estadista, mas a simples verdade é que fico com a impressão de gostar do homem por ele mesmo. E uma impressão de que, acima de tudo, se acabou com um homem muito decente, equilibrado e prometedor em nome de muito pouco.

A decisão de matar o rei foi tomada a 1 de Fevereiro de 1908, há precisamente 100 anos. Buiça e Costa, personagens misteriosas e ao mesmo tempo prosaicas, deitaram D. Carlos e D. Luís ao chão, lavando a ideologia republicana em sangue. Não se pode é censurar os republicanos por este acto de coerência ideológica: não imagino a República a nascer sem esta manifestação dos radicais. Uma pena.

Substituições



Ando muito preocupado com estas substituições que andam por aí a ser «efectuadas» (tal como o agente da GNR que hoje, na televisão, ouvi recomendar que não se «efectue a condução» quando «sob o efeito de álcool ou psicotrópicos» - isso mesmo, efectuar a condução). Falo, claro está, das futuras substituições de Matheus e Edinho, jogadores-chave do meu Vitória, cada um a sair para o seu sítio. Como é que substitui um jogador importante num clube em dificuldades financeiras? Com esperança e audácia... e um jogador vitoriano mais fraquito (jogadores esses que eu prefiro chamar, eufemisticamente, «diamantes em bruto por delapidar») a tentar superar-se a si mesmo.

Por outro lado, preocupam-me as substituições das encomendas da Amazon que, nos últimos dois meses, parecem chegar aleatoriamente à minha casa. Umas vezes chegam, outras vezes não. E não há substituição à vista. Onde vão aqueles livros parar, ninguém sabe. Tanta reorganização e remodelação geográfica e ninguém me diz o que se passa com os CTT?

E, por falar em assuntos políticos fracturantes, tenho reparado que muito boa gente anda por aí a aplaudir a fantochada da subtituição de dois ministros deste governo. Sai Correia de Campos, um ministro maldito que foi (ingenuamente ou não) encarregue de sujar as mãos de sangue - sem intenção de trocadilho - no Ministério da Saúde e, com ele, José Sócrates rasga e põe no cesto uma página da sua «obra», como se de redenção se tratasse. Entra uma mulher desconhecida no meio político e logo vibram os portugueses, sem pensar no que aí vem e, sobretudo, no que precedeu esta substituição.
Pior ainda é a mudança no Ministério da Cultura. Se, na Azambuja, não tivessem fugido dois tigres do Circo Chen, eu diria que a «remodelação» da pasta da Cultura foi o maior momento de entretenimento da semana. Não querendo diminuir António Pinto Ribeiro, soa-me apenas a manobra de diversão por parte de Sócrates. Mário Lino ainda tem de sujar as mãos com algo mais - não é ainda o tempo de o sacrificar, porque «sujo» já ele está. E, se sou eu o único a ver isto e a não «aplaudir», então da minha parte é apenas uma de duas coisas: cepticismo ou paranóia.

O estado das coisas



Hoje não me apeteceu ir trabalhar, e portanto não fui. Haverá algo melhor do que ouvir Highway 61 Revisited num dia destes?

Das máquinas, dos homens

Os homens são máquinas. E nós, por imitação, somos homens. Pode-se ensinar uma máquina, mas não se pode retirar dela amor e vida. A máquina não pensa nem ama, apenas repete e responde.